sexta-feira, 30 de maio de 2025

ELETIVA Círculo de Leitura –


 ELETIVA    Círculo de Leitura – 

Biografia de Cazuza


Cazuza, cujo nome completo era Agenor Miranda de Araújo Neto, foi um cantor e compositor brasileiro que se destacou na cena do rock e MPB dos anos 80 e 90. Nasceu no Rio de Janeiro em 1958, e faleceu em 1990 com apenas 32 anos. 

  • Inicialmente, Cazuza explorou outras áreas, como a fotografia e o teatro, antes de se dedicar totalmente à música. 
  • Em 1981, juntou-se à banda Barão Vermelho, liderada por Dé Palmeira, Roberto Frejat, Guto Goffi e Maurício Barros, onde se tornou vocalista. 
  • Em 1985, Cazuza deixou o Barão Vermelho e iniciou sua carreira solo, lançando discos como "Cazuza" e "Ideologia", que se tornaram grandes sucessos. 
  • Em 1989, publicou a notícia de que era soropositivo, abrindo um importante debate sobre AIDS e conscientizando a população. 
  • Lançou o álbum "Burguesia" em 1989, que foi seu último registro em vida, e faleceu em 1990. 
  • Seu legado inclui músicas como "Brasil", "Ideologia" e "Faz parte do meu show", que se tornaram hinos de uma geração. 
  • Cazuza foi reconhecido como um dos principais compositores da MPB e do rock brasileiro, com sua voz marcante e letras que abordavam temas sociais e políticos. 
  • Seu trabalho revolucionou a música brasileira, influenciando muitos artistas e deixando um rastro de poesia e rebeldia.  Cazuza se tornou um ícone da cultura brasileira, sua história e legado permanecem vivos na memória coletiva e no coração de muitos fãs. 

Biografia de Cassia Eller

   

  Cássia Eller (1962 — 2001) foi uma cantora do rock brasileiro, que fez um grande sucesso nos anos 90.  Seu interesse pela música começou muito cedo, quando ganhou um violão de presente, aos 14 anos, e tocava principalmente músicas dos Beatles.

       Em sua trajetória, cantou em coral, fez testes para musicais, trabalhou em óperas, e foi até cantora de um grupo de forro

         Cássia Eller teve uma carreira muito curta, com dez álbuns gravados ao longo de doze anos de carreira. Foi apenas em 1989 que sua carreira decolou. Ajudada pelo tio, gravou uma fita demo com a música "Por Enquanto" de Renato Russo. Este tio trouxe a fita para a PolyGram, o que resultou na contratação de Eller pela gravadora. Sua primeira participação em um disco foi em 1990, no álbum de Wagner Tiso intitulado "Baobab".

                                                           Frases e Pensamentos de Cassia Eller

Ando por ai, querendo te encontrar em cada esquina paro em cada olhar, deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar. Que o nosso amor pra sempre viva, minha dádiva quero poder jurar que essa paixão jamais será; Palavras apenas palavras pequenas palavras ao vento.

OUÇA A  Música:  Malandragem

 

                                          Cazuza e Frejat  - Intérprete: Cassia Eller

 


Quem sabe eu ainda

Sou uma garotinha

Esperando o ônibus

Da escola, sozinha

 

Cansada com minhas

Meias três quartos

Rezando baixo

Pelos cantos

Por ser uma menina má

 

Quem sabe o príncipe

Virou um chato

Que vive dando

No meu saco

Quem sabe a vida

É não sonhar

 

Eu só peço a Deus

Um pouco de malandragem

Pois sou criança

E não conheço a verdade

Eu sou poeta

E não aprendi a amar

Eu sou poeta

E não aprendi a amar

 

Bobeira

É não viver a realidade

E eu ainda tenho

Uma tarde inteira

Eu ando nas ruas

Eu troco um cheque

Mudo uma planta de lugar

Dirijo meu carro

Tomo o meu pileque

E ainda tenho tempo

Pra cantar

 

Eu só peço a Deus

Um pouco de malandragem

Pois sou criança

E não conheço a verdade

Eu sou poeta

E não aprendi a amar

Eu sou poeta

E não aprendi a amar

 

 

Eu ando nas ruas

Eu troco um cheque

Mudo uma planta de lugar

Dirijo meu carro

Tomo o meu pileque

E ainda tenho tempo

Pra cantar

 

Eu só peço a Deus

Um pouco de malandragem

Pois sou criança

E não conheço a verdade

Eu sou poeta

E não aprendi a amar

Eu sou poeta

E não aprendi a amar

 

Quem sabe eu ainda sou

Uma garotinha.

 


 

Entendendo a canção:

 01 – No primeiro verso da canção, qual é a ideia veiculada pela expressão quem sabe?

       A expressão quem sabe indica ideia de dúvida, hipótese.

 

 02 – O pronome quem pode ser usado como indefinido, interrogativo ou relativo. Como ele se classifica nesse verso?

       Como interrogativo. Professor: certifique-se de que os alunos compreendem que está subentendida uma pergunta: Quem (qual pessoa) sabe se eu ainda sou uma garotinha?

 

 03 – Poetas e compositores têm a liberdade de empregar recursos expressivos da língua de acordo com seus objetivos e, assim, nem sempre seguem as regras da norma-padrão. No primeiro verso da letra da canção, os autores usam um desses recursos. Qual?

       Empregaram o verbo ser no presente do indicativo, quando o adequado, já que se expressa uma suposição, seria o emprego do presente do subjuntivo: seja.

 

 04 – Se esse primeiro verso fizesse parte de um discurso de formatura, como a oradora poderia reformulá-lo para que se adequasse à norma-padrão?

       Quem sabe eu ainda seja uma garotinha. / Talvez eu ainda seja uma garotinha.

 

 05 – Príncipes são personagens frequentes em certo gênero textual. Qual?

       Contos de fadas.

 06 – Nesse gênero, os príncipes costumam viver uma situação que aparece invertida na letra da canção. Qual é ela?

        Nos contos de fadas, príncipes transformam-se em sapos, e sapos transformam-se em príncipes, por obra de bruxas e feiticeiros. Na canção se faz um jogo de palavras (sapo/chato) que pode ser interpretado como referência ao “homem ideal” que, com a convivência, se revela uma pessoa previsível e desinteressante.

 

 07 – Como é a personagem citada na canção?

      Uma garotinha.

 

 08 – Quais são os seus desejos?

      Deixar de ser criança, ter um pouco de malandragem, conhecer a verdade e aprender a amar.

 

 09 – O que ela pede a Deus?

      Um pouco de malandragem.

 

 10 – Descreva como é a vida da adolescente dessa personagem?

      Ela vai para a escola de ônibus, reza baixinho pelos cantos, é poeta, anda pelas ruas, dirigi, toma pileque e canta.

 

  11 – O que ela nos diz sobre a sua vida?

      Que segue uma rotina, é uma menina má e pede a Deus um pouco de malandragem.

 

  12 – Fale agora um pouquinho sobre você e comente sobre os seus próprios desejos.

      Resposta pessoal do aluno.


  13 – Qual a mensagem que a música quer nos passar?

      Significa, que a garotinha adquiriu o conhecimento bastante... para viver uma vida diferente, na malandragem.

 

Questões argumentativas

 

1. A personagem da música afirma: "Eu só peço a Deus um pouco de malandragem". O que você entende por “malandragem” nesse contexto? Por que ela deseja isso?
Neste contexto, “malandragem” não está associada a atitudes desonestas, mas sim à esperteza, jogo de cintura e maturidade para lidar com as dificuldades da vida. A personagem, se sentindo imatura e confusa diante do mundo adulto, pede a Deus esse “algo a mais” para conseguir se adaptar e enfrentar a realidade de forma mais segura e inteligente.


2. A música apresenta uma personagem dividida entre a infância e a vida adulta. Comente como essa dualidade é expressa na letra e o que ela revela sobre os sentimentos da personagem.
A dualidade aparece quando a personagem se descreve como uma “garotinha”, mas também menciona atitudes típicas de adultos, como dirigir, trocar cheque e beber. Isso revela uma pessoa em conflito, que se sente insegura, incompleta e perdida entre o desejo de crescer e a saudade ou proteção da infância. Essa fase de transição é comum na adolescência, o que aproxima a personagem dos jovens ouvintes.


3. A frase “Eu sou poeta e não aprendi a amar” se repete ao longo da canção. Qual é a possível intenção dessa repetição? O que ela sugere sobre a personagem?
A repetição enfatiza a ideia de incompletude e sensibilidade da personagem. Ao se identificar como poeta, ela se mostra emocional e reflexiva, mas confessa não ter aprendido a amar, o que pode simbolizar inexperiência, medo ou sofrimento emocional. A repetição reforça esse sentimento de busca por autoconhecimento e amadurecimento.


4. A música retrata um sentimento de insatisfação com o “príncipe encantado” que “virou um chato”. O que essa crítica representa em relação às idealizações da juventude e à realidade da vida adulta?
A crítica representa a frustração com sonhos e fantasias típicas da infância, como o “príncipe encantado”, que não se concretizam como o esperado na vida real. Essa desilusão mostra a transição para uma visão mais crítica e realista das relações, indicando o amadurecimento da personagem e a perda de certas ilusões juvenis.


5. Considerando a letra como uma expressão artística da juventude, quais aspectos da adolescência você identifica nela? Você se sente representado(a) por algum deles? Justifique. (resposta pessoal):
A música expressa dúvidas, angústias, desejo de independência e conflitos emocionais — sentimentos comuns na adolescência. Muitos jovens se identificam com a vontade de crescer, mas também com o medo das responsabilidades. A resposta será pessoal, mas deve ser justificada com base em elementos da letra e vivências do estudante.

 

6. O que a personagem quer dizer quando diz "sou uma garotinha esperando o ônibus da escola, sozinha"? Essa imagem transmite quais sentimentos?
A imagem remete à vulnerabilidade, solidão e insegurança. Representa uma fase da vida em que a personagem se sente indefesa diante do mundo, evocando a infância ou adolescência como um tempo de espera e incerteza.


7. Por que a personagem afirma que precisa de “um pouco de malandragem”? O que isso representa em relação ao crescimento pessoal?
Ela sente que falta maturidade emocional e jogo de cintura para enfrentar os desafios da vida. “Malandragem” aqui simboliza sabedoria prática, esperteza e independência – características necessárias para lidar com o mundo adulto.


8. A música fala sobre ser criança e não conhecer a verdade. O que isso diz sobre o processo de amadurecimento?
Mostra que crescer envolve descobrir verdades difíceis, perder a inocência e encarar responsabilidades. A personagem ainda se vê como alguém em formação, que teme ou evita essa transição total para a vida adulta.


9. Em "Bobeira é não viver a realidade", a personagem critica um certo comportamento. Qual e por quê?
Ela critica o escapismo, ou seja, viver preso a ilusões ou evitar o presente. A frase sugere que, apesar das dificuldades, é necessário encarar a realidade e não se esconder em fantasias ou negações.


10. A personagem descreve ações típicas de um adulto (trocar cheque, dirigir, beber). Por que isso entra em contraste com a imagem de “garotinha”?
Esse contraste mostra o conflito interno entre o que ela é e o que deseja ser. Apesar de realizar atividades adultas, ainda se sente frágil e insegura, como uma criança. Isso simboliza o processo doloroso e confuso de amadurecer.


11. Na sua opinião, a música pode ser vista como um retrato da adolescência? Por quê?
Sim. A música aborda dúvidas, desejos de liberdade, inseguranças, conflitos internos e uma busca por identidade – todos elementos típicos da adolescência. A personagem simboliza esse momento de transição e descoberta.


12. Reflita sobre a frase “Eu ainda tenho tempo pra cantar”. O que ela pode simbolizar em meio aos conflitos apresentados na música?
Pode simbolizar esperança, resistência e liberdade. Mesmo diante de dúvidas e frustrações, a personagem reconhece que ainda pode se expressar, viver e sonhar. A música, portanto, também traz uma mensagem de superação e busca de sentido.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR - 8° e 9° ano

 

ATIVIDADE COMPLEMENTAR     - 8° e 9° ano

 

                      Leia o texto abaixo e responda às questões.      O Silêncio das Bibliotecas

As bibliotecas públicas foram, por muito tempo, símbolos de acesso democrático à informação e ao conhecimento. Em meio a prateleiras repletas de livros e corredores silenciosos, estudantes, pesquisadores e leitores comuns encontravam um espaço de aprendizado, reflexão e descoberta. No entanto, nas últimas décadas, esses espaços vêm enfrentando desafios significativos.
A crescente digitalização da informação, a popularização da internet e o avanço das redes sociais alteraram profundamente os hábitos de leitura da população. Muitos jovens preferem assistir a vídeos ou consumir conteúdo por meio de redes como TikTok e Instagram, o que reduz o interesse pela leitura mais densa e profunda.

Além disso, cortes de verbas públicas e a falta de políticas de incentivo à leitura comprometem o funcionamento de muitas bibliotecas. Algumas fecharam as portas; outras funcionam de forma precária. A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais essa situação, ao afastar leitores e interromper projetos de leitura. Apesar disso, iniciativas têm surgido para revitalizar esses espaços. Clubes de leitura, eventos culturais e ações com escritores buscam atrair o público jovem. Algumas bibliotecas também têm investido em tecnologias, como e-books e plataformas digitais. Ainda assim, a pergunta permanece: será possível reverter o silêncio que se abateu sobre as bibliotecas?   Fonte: Revista Nova Escola, adaptado.

Questões – Texto 1

1. Qual a ideia central do texto?
a) Incentivar o uso de bibliotecas digitais.                       

b) Relatar a rotina de uma biblioteca escolar.
c) Discutir a situação atual das bibliotecas e seus desafios.

d) Ensinar como organizar acervos bibliográficos.

 

2. O trecho “o silêncio que se abateu sobre as bibliotecas” expressa:
a) A tranquilidade desses espaços.                          b) O desinteresse crescente por bibliotecas.
c) A necessidade de silêncio nas bibliotecas.           d) A falta de segurança nesses locais.

3. Segundo o texto, um dos fatores que prejudica as bibliotecas é:
a) O aumento no número de bibliotecários.         b) O excesso de livros antigos.
c) A falta de acesso à internet.                            d) A preferência por conteúdos digitais.

4. Qual seria uma possível consequência da falta de políticas públicas de leitura?
a) Redução do número de e-books.                              b) Aumento na procura por bibliotecas.
c) Fechamento ou precarização das bibliotecas.           d) Crescimento dos clubes de leitura.

5. Podemos classificar o texto como:
a) Uma reportagem jornalística neutra.                      b) Um texto opinativo com base em fatos.
c) Uma propaganda de leitura digital.                        d) Um conto sobre bibliotecas.

Leia o texto abaixo e responda às questões.             A Ilha das Flores

            A Ilha das Flores, em Porto Alegre, não é uma ilha paradisíaca. Trata-se de um aterro sanitário onde toneladas de lixo são depositadas diariamente. Neste espaço insalubre, há um sistema complexo e cruel: primeiro, os produtos descartados são disputados por porcos, que pertencem a um comerciante. Depois, o que os animais não comem é separado por catadores humanos.

O documentário “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado, retrata essa realidade com sarcasmo e crítica social. Em apenas 13 minutos, o curta expõe o contraste entre o valor atribuído aos seres humanos e aos animais, levantando questionamentos sobre consumo, desigualdade e dignidade.

O filme explica que um tomate pode ter vários destinos: ir para a mesa de uma família, virar molho de pizza ou acabar no lixo. Se acabar no lixo, pode servir de alimento para um porco, que, por sua vez, é propriedade de alguém e, portanto, tem dono. Mas e o ser humano que disputa o lixo com o porco? Esse, muitas vezes, não tem casa, comida ou dignidade — e, na lógica perversa da sociedade, vale menos do que o animal.

O documentário nos convida a pensar: como é possível aceitar tamanha desigualdade? Que tipo de sistema é esse em que um porco tem prioridade sobre um ser humano?

Fonte: Adaptado do documentário Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado.

 

6. Qual é o principal objetivo do texto?
a) Descrever o funcionamento de um aterro sanitário.
b) Apresentar uma crítica social sobre desigualdade.
c) Promover o filme de Jorge Furtado.
d) Explicar como funcionam documentários curtos.

7. A comparação entre o porco e o ser humano serve para:
a) Mostrar que ambos são iguais na sociedade.                        b) Questionar a cadeia alimentar.
c) Criticar a valorização desigual entre humanos e animais.      d) Defender os direitos dos porcos.

8. Segundo o texto, o ser humano que disputa o lixo:
a) É respeitado por sua força de trabalho.                 b) Recebe assistência pública.
c) Vive em situação de invisibilidade social.              d) Tem acesso garantido à alimentação.

9. Qual a causa principal da situação descrita no texto?
a) A superpopulação humana.                             b) A má alimentação dos porcos.
c) A desigualdade social.                                     d) A escassez de aterros sanitários.

10. O gênero do texto é:
a) Publicidade institucional.  b) Texto poético.  c) Resumo técnico.   d) Texto opinativo-informativo.

Leia o texto abaixo e responda às questões.    O Dia em Que as Abelhas Pararam

 

Era um dia aparentemente normal quando os cientistas de uma pequena cidade perceberam algo estranho: as abelhas haviam desaparecido. Sem elas, as flores não eram mais polinizadas, as plantações começaram a fracassar e os frutos murchavam antes de amadurecer. Com o passar das semanas, a cadeia alimentar foi sendo afetada, e os preços dos alimentos dispararam.

O desaparecimento das abelhas não era apenas uma tragédia ambiental, mas um alerta para a fragilidade do equilíbrio ecológico. As abelhas, muitas vezes vistas como simples insetos, são responsáveis pela polinização de grande parte dos alimentos que consumimos. Sem elas, a agricultura entra em colapso.

Alguns pesquisadores relacionaram o sumiço ao uso indiscriminado de pesticidas, às mudanças climáticas e à destruição de habitats naturais. A ação humana, mais uma vez, mostrava suas consequências devastadoras. Diante do caos, campanhas de conscientização foram criadas, hortas urbanas surgiram, e alguns países até proibiram determinados agrotóxicos. A luta para salvar as abelhas se tornou também a luta para salvar a humanidade.                                 Fonte: Adaptado de matéria publicada na revista Galileu.

 

11. O texto aborda, principalmente:
a) O ciclo de vida das abelhas.                                  b) O impacto da agricultura no preço dos alimentos.
c) As consequências do desaparecimento das abelhas.       d) Os hábitos alimentares dos insetos.

 

12. O que motivou a criação de hortas urbanas e campanhas?
a) A diminuição da oferta de sementes.            b) A ausência de frutas exóticas no mercado.
c) O aumento no número de insetos.                d) A escassez provocada pela ausência das abelhas.

13. O sumiço das abelhas serve como alerta para:
a) O risco de invasão de novos insetos.         b) A fragilidade do ecossistema frente às ações humanas.
c) A necessidade de mais mel para o consumo.        d) O aumento no uso de máquinas agrícolas.

14. A palavra “colapso”, no contexto, indica:
a) Um crescimento rápido.    b) Uma reorganização agrícola.
c) Um sistema em falência.   d) Um equilíbrio sustentável.

15. O texto mistura informações e reflexões, o que é característico de:
a) Receita culinária.                                     b) Relato histórico.
c) Texto opinativo com base científica.       d) Entrevista com apicultores.

ATIVIDADE 02    -  Leia o texto e responda às questões.

 

Como começou a polêmica dos bebês reborn que incendiou o debate público no Brasil

A polêmica do bebê reborn no Brasil irrompeu este mês de maio como uma centelha viral nas redes sociais, mas rapidamente se transformou em combustível para embates jurídicos, projetos legislativos e discussões sobre saúde mental. O que parecia uma excentricidade – adultos simulando a maternidade de bonecas hiper-realistas – revelou-se um espelho perturbador de questões sociais profundas.
             O marco simbólico dessa controvérsia foi a viralização de vídeos em que mulheres levavam seus bebês reborn a consultas médicas, ocupavam assentos preferenciais em ônibus e tentavam atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). As cenas, embora não confirmadas fora do contexto das redes sociais, provocaram indignação popular e pressão política imediata.
Em resposta, parlamentares apresentaram pelo menos três projetos de lei para proibir o atendimento preferencial, o acesso a benefícios sociais e até a criação de perfis oficiais de bebês reborn em plataformas públicas.
        Mas o que consolidou o episódio como um divisor de águas foi um caso insólito ocorrido em Goiás: um casal entrou na Justiça pela “guarda” de uma boneca reborn. A peça, avaliada em mais de R$ 3 mil, possuía enxoval próprio, perfil nas redes sociais e gerava engajamento suficiente para render monetização. A advogada responsável pelo caso, Suzana Ferreira, afirmou que a cliente buscava regulamentar o convívio com a “filha reborn”, dividindo direitos sobre o boneco com a ex-companheira. O caso ganhou repercussão nacional e serviu de base para parlamentares argumentarem a necessidade de legislação específica sobre o tema.
        O debate extrapolou o campo jurídico e invadiu os consultórios. Especialistas em saúde mental como a psicóloga Melissa Tenório dos Santos apontaram que, em muitos casos, o apego aos bebês reborn pode funcionar como terapia simbólica, especialmente entre mulheres que enfrentaram perdas gestacionais ou traumas emocionais.Entretanto, também se levantaram vozes críticas. O padre Chrystian Shankar, influente na Diocese de Divinópolis (MG), recusou-se a batizar reborns e classificou o comportamento como “caso de psiquiatria” — reacendendo debates sobre limites entre afeto simbólico, religião e patologização do diferente.
              A explosão midiática em torno do tema é também sintomática de um cenário mais amplo: a hiperexposição emocional promovida por redes como TikTok e Instagram. Os vídeos de “mães reborn” angariam milhares de seguidores, likes e até monetização. Em resposta, políticos surfam na indignação popular para capitalizar a visibilidade, como mostram os projetos de lei em tramitação.
Trata-se, no fundo, de uma disputa simbólica sobre o que é “real” e o que é “exagero”. Quem define o limite entre uma prática terapêutica e um comportamento digno de sanção? A resposta, por ora, parece depender mais das emoções do que de qualquer parâmetro legal ou técnico.
             A polêmica dos bebês reborn revela muito mais sobre o Brasil de 2025 do que sobre as bonecas em si. Expõe fissuras sociais, precariedade emocional, ausência de políticas públicas voltadas à saúde mental e uma profunda necessidade de pertencimento — mesmo que projetada sobre um boneco de silicone.  É o tipo de controvérsia que, à primeira vista, parece cômica ou absurda, mas que, ao ser dissecada, revela um país em busca de consolo, controle e sentido. E talvez seja essa a função oculta das reborns: preencher vazios deixados por ausências muito reais. Definitivamente, como dizia Tom Jobim, o Brasil não é para amadores.
Esmael Morais – Jornalista e Advogado. Especialista em política nacional e bastidores do poder. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.    Fonte:      https://www.esmaelmorais.com.br/polemica-bebe-reborn

📝 Atividades

1. (H10) O tema principal do texto em estudo é a
a) comercialização de bonecas hiper-realistas no mercado brasileiro.
b) influência das redes sociais na valorização de brinquedos infantis.
c) produção de bonecas reborn no Brasil e sua importância econômica.
d) repercussão social e política do uso de bebês reborn por adultos.

 

2. (H4) Nesse texto, a tese principal defendida pelo autor é que
a) esse fenômeno expõe questões emocionais e sociais do Brasil atual.
b) o uso de reborns é um modismo com impacto apenas no mundo virtual.
c) o uso de bonecas reborn é usado apenas para crescer perfis de redes socials.
d) as bonecas reborn devem ser banidas da sociedade brasileira.

 

3. (H9) No trecho: “Definitivamente, como dizia Tom Jobim, o Brasil não é para amadores.” o autor tem a intenção de provocar um efeito de sentido através de
a) um dado estatístico que comprova o aumento do número de usuários de bebês reborn.
b) um argumento para defender o uso de bonecas reborn como prática terapêutica.
c) um tom irônico que critica a complexidade e imprevisibilidade dos acontecimentos sociais.
d) uma paráfrase da opinião de políticos que se opõem ao uso dos bebês reborn.

 

4. (H4 / H11) Há uma opinião em:
a) “Em resposta, parlamentares apresentaram pelo menos três projetos de lei para proibir o atendimento preferencial…”
b) “A polêmica dos bebês reborn revela muito mais sobre o Brasil de 2025 do que sobre as bonecas em si.”
c) “O caso ganhou repercussão nacional e serviu de base para parlamentares argumentarem a necessidade de legislação…”
d) “As cenas, embora não confirmadas fora do contexto das redes sociais, provocaram indignação popular…”

 

5. (H19) Em: “A polêmica do bebê reborn no Brasil irrompeu este mês de maio como uma centelha viral nas redes sociais…”, o trecho destacado utiliza uma figura de linguagem como estratégia argumentativa denominada:           a) metáfora.   b) hipérbole.    c) personificação.     d) comparação.

 

6. (H21) Em: “…revelou-se um espelho perturbador…” (1º parágrafo), o pronome destacado faz referência
a) ao uso do bebê reborn. b) às questões sociais.   c) aos embates jurídicos. d) à saúde mental.

 

7. (H9) No último parágrafo do texto, o fragmento: “o Brasil não é para amadores.” é um exemplo de
a) citação.  b) paráfrase.   c) eufemismo.    d) intertextualidade.

 

8. (H10) Pode-se inferir no texto que
a) o apego às bonecas reborn é uma prática terapêutica e recomendada por profissionais da saúde.
b) o fenômeno dos bebês reborn pode estar relacionado a necessidades emocionais da sociedade.
c) todas as pessoas que possuem bebês reborn têm algum tipo de transtorno psicológico diagnosticado.
d) o uso das bonecas reborn é uma moda passageira sem qualquer vínculo com questões emocionais.

 

9. (H23) A linguagem predominante do texto é
a) regional, com foco em crítica social.    b) popular, com expressões informais.
c) culta, com marcas de oralidade.          d) técnica, com vocabulário jurídico.

 

10. (H15) Em: “Entretanto, também se levantaram vozes críticas.”, o emprego da conjunção em destaque foi empregado pelo autor visando introduzir uma
a) explicação.    b) comparação.      c) contrariedade.    d) justificativa.

 

11. (H20) No texto, a maioria dos verbos empregados está no modo indicativo, especialmente nos tempos passado e presente do indicativo. Esse tipo de emprego verbal no texto serve para destacar
a) a incerteza e a possibilidade dos fatos apresentados.

b) a objetividade e a certeza sobre os acontecimentos relatados.
c) a sugestão de hipóteses e condições futuras trazidas pelo autor.
d) a vontade ou desejo do autor sobre os eventos anunciados.

 

12. Para ampliar seu vocabulário linguístico, localize no texto uma palavra que significa
a) comportamento incomum: ___________________      b) conjunto de roupas e acessórios: _____________
c) discussão polêmica: _________________________   d) algo aprovado: ____________________________
e) diagnóstico doentio: _________________________  f) conjunto de leis: ____________________________

 

GABARITO DA ATIVIDADE 01

1. c) Discutir a situação atual das bibliotecas e seus desafios.

2. b) O desinteresse crescente por bibliotecas.

3. d) A preferência por conteúdos digitais.

4. c) Fechamento ou precarização das bibliotecas.

5. b) Um texto opinativo com base em fatos.

6. b) Apresentar uma crítica social sobre desigualdade.

7. c) Criticar a valorização desigual entre humanos e animais.

8. c) Vive em situação de invisibilidade social.

9. c) A desigualdade social.

10. d) Texto opinativo-informativo.

11. c) As consequências do desaparecimento das abelhas.

12. d) A escassez provocada pela ausência das abelhas.

13. b) A fragilidade do ecossistema frente às ações humanas.

14. c) Um sistema em falência.

15. c) Texto opinativo com base científica.

 

GABARITO DA ATIVIDADE 02

1D / 2A / 3C / 4B / 5D / 6A / 7A / 8B / 9C / 10C / 11B /

12. a) Excentricidade.

b) Enxoval.

c) Controvérsia.

d) Sanção.

e) Patologização.

f) Legislação.


 

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