ATIVIDADE COMPLEMENTAR DE PORTUGUÊS
NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI - POEMA
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
QUESTÕES SPAECE
1. Qual é o tema central do
poema?
(A) A fragilidade da natureza diante da ação humana.
(B) A importância da resistência contra injustiças e
opressão.
(C) O medo de perder objetos valiosos para ladrões.
(D) A necessidade de cuidar dos jardins e animais domésticos.
2. O que a progressão dos
acontecimentos no poema sugere?
(A) Que pequenas permissões podem levar à perda da
liberdade.
(B) Que é natural aceitar mudanças ao longo do tempo.
(C) Que o medo impede as pessoas de cometerem erros.
(D) Que a natureza sempre se recupera das agressões humanas.
3. No trecho “E já não podemos
dizer nada”, o eu lírico expressa:
(A) A importância do silêncio diante dos problemas.
(B) A perda da capacidade de reagir após várias
opressões.
(C) A aceitação pacífica da realidade.
(D) O desejo de esquecer os acontecimentos passados.
4. No poema, o que a expressão
“rouba-nos a luz” pode simbolizar?
(A) O fim do fornecimento de eletricidade na casa.
(B) A perda da esperança e da liberdade.
(C) O desejo de mudança e transformação.
(D) A necessidade de proteção contra ladrões.
5. Qual é o tom predominante no
poema?
(A) Humorístico, pois narra eventos cotidianos de forma leve.
(B) Reflexivo e crítico, alertando sobre a passividade
diante de injustiças.
(C) Neutro e informativo, apenas relatando acontecimentos.
(D) Esperançoso, mostrando que sempre há soluções para os problemas.
6. O poema utiliza um tom de
denúncia para tratar de um problema social. Qual é a crítica central do texto?
(A) À destruição do meio ambiente.
(B) À falta de segurança nas cidades.
(C) À passividade diante da opressão e da perda da
liberdade.
(D) À desvalorização da cultura e da arte.
7. O que significa a frase “E não
dizemos nada” repetida ao longo do poema?
(A) A resistência das pessoas diante da opressão.
(B) A aceitação passiva diante de pequenas injustiças.
(C) A estratégia do eu lírico para enganar os opressores.
(D) O conformismo das pessoas com a felicidade.
8. No trecho “Até que um dia, o
mais frágil deles entra sozinho em nossa casa”, o que a expressão “o mais
frágil deles” sugere?
(A) Que o inimigo está ficando mais fraco.
(B) Que mesmo os mais insignificantes podem se tornar
perigosos.
(C) Que a fraqueza pode ser uma forma de enganar as pessoas.
(D) Que o medo é uma forma de resistência contra a opressão.
9. O poema pode ser interpretado
como uma metáfora sobre regimes autoritários. Nesse contexto, o ato de “roubar
uma flor” no início do poema simboliza:
(A) O primeiro sinal de uma opressão crescente.
(B) O desejo de mudança e revolução.
(C) A tentativa de proteger algo valioso.
(D) A esperança de liberdade e justiça.
10. O poema alerta sobre a
importância de:
(A) Aceitar as mudanças como parte da vida.
(B) Manter-se calado para evitar conflitos.
(C) Perceber e reagir a pequenas ameaças antes que se
tornem irreversíveis.
(D) Priorizar bens materiais em vez da liberdade de expressão.
Questões sobre
o poema "No Caminho com Maiakóvski":
- Qual é a mensagem central do poema? Como ela
se relaciona com a ideia de resistência e omissão?
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- O que a progressão dos
acontecimentos no poema sugere sobre o impacto do silêncio diante da
injustiça? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
- Como o poema utiliza a
metáfora para ilustrar a perda gradual dos direitos e da liberdade?
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- De que maneira o medo e a
passividade são representados no poema? Você consegue relacionar essa
ideia com algum momento da história ou situação atual? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
- Qual é o efeito da repetição
da estrutura “e não dizemos nada” ao longo do poema? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
- O último verso, “E já não
podemos dizer nada”, pode ser interpretado de diferentes formas. Qual
interpretação faz mais sentido para você? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
- O título do poema faz
referência ao poeta russo Maiakóvski, conhecido por sua poesia engajada.
Como essa referência contribui para a compreensão do texto? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8. Escreva um pequeno texto
argumentativo sobre a seguinte temática: O “LUGAR DE FALA” AMEAÇA A
LIBERDADE DE EXPRESSÃO?
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Questões e Gabarito
- Qual é a mensagem central do
poema? Como ela se relaciona com a ideia de resistência e omissão?
- O poema transmite a ideia
de que a omissão diante de pequenas injustiças leva à perda gradual da
liberdade. Ele sugere que, ao não reagirmos desde o início, permitimos
que abusos se intensifiquem até que seja tarde demais para resistir.
- O que a progressão dos
acontecimentos no poema sugere sobre o impacto do silêncio diante da
injustiça?
- O poema mostra uma escalada
de agressões, que começam pequenas (roubo de uma flor) e aumentam
(destruição, invasão da casa, perda da voz). Isso indica que a falta de
resistência inicial encoraja os opressores a avançarem até tirarem
completamente a liberdade da vítima.
- Como o poema utiliza a
metáfora para ilustrar a perda gradual dos direitos e da liberdade?
- A flor pode representar
algo singelo, como um direito básico ou um símbolo de beleza e esperança.
O cão pode simbolizar proteção e segurança. A luz pode representar
conhecimento e liberdade, e a voz simboliza a capacidade de se
manifestar. À medida que essas coisas são retiradas, a liberdade
desaparece.
- De que maneira o medo e a
passividade são representados no poema? Você consegue relacionar essa
ideia com algum momento da história ou situação atual?
- O medo e a passividade são
mostrados na repetição de "e não dizemos nada", revelando a
inação da vítima. Esse conceito pode ser relacionado a momentos
históricos de regimes autoritários, perseguições políticas e censura, em
que o silêncio das pessoas facilitou a consolidação da opressão. Também
pode ser ligado a situações modernas, como a disseminação de fake news ou
ataques a direitos democráticos.
- Qual é o efeito da repetição
da estrutura “e não dizemos nada” ao longo do poema?
- A repetição reforça a
passividade diante das injustiças e dá a sensação de inevitabilidade da
opressão. Além disso, cria um tom de alerta, mostrando como o silêncio
pode ter consequências devastadoras.
- O último verso, “E já não
podemos dizer nada”, pode ser interpretado de diferentes formas. Qual
interpretação faz mais sentido para você?
- Esse verso pode ser visto
como uma consequência final da omissão: quando percebemos o perigo, já
estamos sem forças para reagir. Também pode ser uma crítica à censura e
repressão em regimes autoritários, nos quais a população perde a
liberdade de expressão.
- O título do poema faz
referência ao poeta russo Maiakóvski, conhecido por sua poesia engajada.
Como essa referência contribui para a compreensão do texto?
- Maiakóvski foi um poeta
revolucionário, cuja obra abordava temas como política e transformação
social. A referência a ele sugere que o poema também tem um caráter de
denúncia e alerta sobre os perigos da omissão diante da injustiça.
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