sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Questões SPAECE

 

NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI - POEMA


Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Questões SPAECE

1. Qual é o tema central do poema?
(A) A fragilidade da natureza diante da ação humana.
(B) A importância da resistência contra injustiças e opressão.
(C) O medo de perder objetos valiosos para ladrões.
(D) A necessidade de cuidar dos jardins e animais domésticos.


2. O que a progressão dos acontecimentos no poema sugere?
(A) Que pequenas permissões podem levar à perda da liberdade.
(B) Que é natural aceitar mudanças ao longo do tempo.
(C) Que o medo impede as pessoas de cometerem erros.
(D) Que a natureza sempre se recupera das agressões humanas.


3. No trecho “E já não podemos dizer nada”, o eu lírico expressa:
(A) A importância do silêncio diante dos problemas.
(B) A perda da capacidade de reagir após várias opressões.
(C) A aceitação pacífica da realidade.
(D) O desejo de esquecer os acontecimentos passados.


4. No poema, o que a expressão “rouba-nos a luz” pode simbolizar?
(A) O fim do fornecimento de eletricidade na casa.
(B) A perda da esperança e da liberdade.
(C) O desejo de mudança e transformação.
(D) A necessidade de proteção contra ladrões.


5. Qual é o tom predominante no poema?
(A) Humorístico, pois narra eventos cotidianos de forma leve.
(B) Reflexivo e crítico, alertando sobre a passividade diante de injustiças.
(C) Neutro e informativo, apenas relatando acontecimentos.
(D) Esperançoso, mostrando que sempre há soluções para os problemas.


6. O poema utiliza um tom de denúncia para tratar de um problema social. Qual é a crítica central do texto?
(A) À destruição do meio ambiente.
(B) À falta de segurança nas cidades.
(C) À passividade diante da opressão e da perda da liberdade.
(D) À desvalorização da cultura e da arte.


7. O que significa a frase “E não dizemos nada” repetida ao longo do poema?
(A) A resistência das pessoas diante da opressão.
(B) A aceitação passiva diante de pequenas injustiças.
(C) A estratégia do eu lírico para enganar os opressores.
(D) O conformismo das pessoas com a felicidade.


8. No trecho “Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa”, o que a expressão “o mais frágil deles” sugere?
(A) Que o inimigo está ficando mais fraco.
(B) Que mesmo os mais insignificantes podem se tornar perigosos.
(C) Que a fraqueza pode ser uma forma de enganar as pessoas.
(D) Que o medo é uma forma de resistência contra a opressão.


9. O poema pode ser interpretado como uma metáfora sobre regimes autoritários. Nesse contexto, o ato de “roubar uma flor” no início do poema simboliza:
(A) O primeiro sinal de uma opressão crescente.
(B) O desejo de mudança e revolução.
(C) A tentativa de proteger algo valioso.
(D) A esperança de liberdade e justiça.


10. O poema alerta sobre a importância de:
(A) Aceitar as mudanças como parte da vida.
(B) Manter-se calado para evitar conflitos.
(C) Perceber e reagir a pequenas ameaças antes que se tornem irreversíveis.
(D) Priorizar bens materiais em vez da liberdade de expressão.


 

Conto - O Grande Mistério - Stanislaw Ponte Preta

 

Conto - O Grande Mistério  - Stanislaw Ponte Preta

Há dias já que buscavam uma explicação para os odores esquisitos que vinham da sala de visitas. Primeiro houve um erro de interpretação: o quase imperceptível cheiro foi tomado como sendo de camarão. No dia em que as pessoas da casa notaram que a sala fedia, havia um suflê de camarão para o jantar. Daí…

Mas comeu-se o camarão, que inclusive foi elogiado pelas visitas, jogaram as sobras na lata do lixo e — coisa estranha — no dia seguinte a sala cheirava pior.

Talvez alguém não gostasse de camarão e, por cerimônia, embora isso não se use, jogasse a sua porção debaixo da mesa. Ventilada a hipótese, os empregados espiaram e encontraram apenas um pedaço de pão e uma boneca de perna quebrada, que Giselinha esquecera ali. E como ambos os achados eram inodoros, o mistério persistiu.

Os patrões chamaram a arrumadeira às falas. Que era um absurdo, que não podia continuar, que isso, que aquilo. Tachada de desleixada, a arrumadeira caprichou na limpeza. Varreu tudo, espanou, esfregou e… nada. Vinte e quatro horas depois, a coisa continuava. Se modificação houvera, fora para um cheiro mais ativo.

À noite, quando o dono da casa chegou, passou uma espinafração geral e, vítima da leitura dos jornais, que folheara no caminho para casa, chegou até a citar a Constituição na defesa de seus interesses.

– Se eu pago empregadas para lavar, passar, limpar, cozinhar, arrumar e uma babá tenho o direito de exigir alguma coisa. Não pretendo que a sala de visitas seja um jasmineiro, mas feder também não. Ou sai o cheiro ou saem os empregados.  Reunida na cozinha, a criadagem confabulava. Os debates eram apaixonados, mas num ponto todos concordavam: ninguém tinha culpa. A sala estava um brinco; dava até gosto ver. Mas ver, somente, porque o cheiro era de morte.

Então alguém propôs encerar. Quem sabe uma passada de cera no assoalho não iria melhorar a situação?  – Isso mesmo — aprovou a maioria, satisfeita por ter encontrado uma fórmula capaz de combater o mal que ameaçava seu salário.

Pela manhã, ainda ninguém se levantara, e já a copeira e o chofer enceravam sofregamente, a quatro mãos. Quando os patrões desceram para o café, o assoalho brilhava. O cheiro da cera predominava, mas o misterioso odor, que há dias intrigava a todos, persistia, a uma respirada mais forte.

Apenas uma questão de tempo. Com o passar das horas, o cheiro da cera — como era normal — diminuía, enquanto o outro, o misterioso — estranhamente, aumentava. Pouco a pouco reinaria novamente, para desespero geral de empregados e empregadores.  A patroa, enfim, contrariando os seus hábitos, tomou uma atitude: desceu do alto do seu grã-finismo com as armas de que dispunha, e com tal espírito de sacrifício que resolveu gastar os seus perfumes. Quando ela anunciou que derramaria perfume francês no tapete, a arrumadeira comentou com a copeira:  – Madame apelou para a ignorância.

E salpicada que foi, a sala recendeu. A sorte estava lançada. Madame esbanjou suas essências com uma altivez digna de uma rainha a caminho do cadafalso. Seria o prestígio e a experiência de Carven, Patou, Fath, Schiaparelli, Balenciaga, Piguet e outros menores, contra a ignóbil catinga.

Na hora do jantar a alegria era geral. Nas restavam dúvidas de que o cheiro enjoativo daquele coquetel de perfumes era impróprio para uma sala de visitas, mas ninguém poderia deixar de concordar que aquele era preferível ao outro, finalmente vencido.  Mas eis que o patrão, a horas mortas, acordou com sede. Levantou-se cauteloso, para não acordar ninguém, e desceu as escadas, rumo à geladeira. Ia ainda a meio caminho quando sentiu que o exército de perfumistas franceses fora derrotado. O barulho que fez daria para acordar um quarteirão, quanto mais os da casa, os pobres moradores daquela casa, despertados violentamente, e que não precisavam perguntar nada para perceberem o que se passava. Bastou respirar.

Hoje pela manhã, finalmente, após buscas desesperadas, uma das empregadas localizou o cheiro. Estava dentro de uma jarra, uma bela jarra, orgulho da família, pois tratava-se de peça raríssima, da dinastia Ming... Apertada pelo interrogatório paterno Giselinha confessou-se culpada e, na inocência dos seus três anos, prometeu não fazer mais. Não fazer mais na jarra, é lógico.

 


Questões SPAECE

1. Qual é a tese central do conto?
(A) O excesso de perfumes pode piorar um problema de odor.
(B) O mistério do mau cheiro causa tensão entre patrões e empregados.
(C) O suflê de camarão foi a principal causa do mau cheiro na sala.
(D) A culpa pelo cheiro ruim foi dos empregados da casa.


2. Qual estratégia a patroa utilizou para tentar resolver o problema do cheiro?
(A) Jogou a jarra fora.
(B) Contratou novos empregados.
(C) Passou perfumes franceses no tapete.
(D) Lavou a sala com produtos de limpeza.


3. No trecho: “Madame apelou para a ignorância.”, o que a empregada quis dizer com essa frase?
(A) A patroa não sabia o que estava fazendo.
(B) A patroa tomou uma atitude extrema e ineficaz.
(C) A patroa pediu ajuda aos empregados.
(D) A patroa não percebeu o problema do cheiro.


4. O trecho "Na hora do jantar a alegria era geral" indica que os personagens estavam felizes porque:
(A) Resolveram definitivamente o problema do mau cheiro.
(B) Conseguiram mascarar temporariamente o odor.
(C) Descobriram que a jarra era a fonte do cheiro.
(D) Giselinha confessou sua culpa.


5. Qual foi a verdadeira causa do mau cheiro na sala?
(A) Um pedaço de pão mofado.
(B) Um suflê de camarão estragado.
(C) Um objeto esquecido dentro da jarra.
(D) A cera aplicada no assoalho.


6. No trecho: “Mas eis que o patrão, a horas mortas, acordou com sede.”, a expressão "a horas mortas" significa:
(A) Durante a madrugada.
(B) No final da tarde.
(C) No começo da manhã.
(D) No horário do jantar.


7. Sobre a estrutura do texto, podemos afirmar que:
(A) É um texto narrativo, pois apresenta personagens, enredo e desfecho.
(B) É um texto expositivo, pois traz informações sobre perfumes franceses.
(C) É um texto descritivo, pois detalha minuciosamente os acontecimentos.
(D) É um texto injuntivo, pois orienta sobre como evitar maus odores.


8. Qual efeito de sentido é gerado com a frase: “Seria o prestígio e a experiência de Carven, Patou, Fath, Schiaparelli, Balenciaga, Piguet e outros menores, contra a ignóbil catinga.”
(A) O humor, ao exagerar a importância dos perfumes na batalha contra o mau cheiro.
(B) O suspense, ao criar um clima de mistério em relação à origem do cheiro.
(C) A ironia, ao comparar perfumes sofisticados com um cheiro desagradável.
(D) A formalidade, ao citar marcas famosas de perfumes.


9. A postura do patrão em relação ao problema do mau cheiro pode ser descrita como:
(A) Paciência e compreensão com os empregados.
(B) Indiferença e falta de preocupação com o odor.
(C) Irritação e cobrança exagerada sobre os empregados.
(D) Medo e insegurança diante da situação.


10. No trecho: “Se modificação houvera, fora para um cheiro mais ativo.”, o que significa "cheiro mais ativo"?
(A) Um cheiro mais forte e desagradável.
(B) Um cheiro agradável e duradouro.
(C) Um cheiro fraco e quase imperceptível.
(D) Um cheiro parecido com o de perfumes caros


.


 

ATIVIDADE AVALIATIVA – Responda no caderno

 

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

1. Qual acontecimento estranho chama a atenção dos moradores da casa em se passa o conto?

2. Quais explicações aparecem para esse acontecimento ao longo do conto?

3. Qual a classe social da família que mora na casa? Justifique sua resposta

4. De que formas tentaram resolver o problema?

5. Quem era o culpado pelo problema?

 

ANÁLISE DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO E DA FORMA COMPOSICIONAL DO GÊNERO

1. Quais são os personagens do conto?

2. Onde a história se passa?

3. Existe um tempo determinado em que a história se passa? Se sim, como é possível saber qual é o tempo?

4. Todo conto de mistério, como o próprio nome diz, apresenta um mistério a ser solucionado. Qual é o mistério do conto lido?

5. Antes da resolução desse mistério, o autor cria um clima de suspense na narrativa. Como isso foi feito no conto O Grande Mistério?

6. Qual é o conflito do conto?

7. Qual é o clímax do conto?

8. Qual é o desfecho do conto?

 

PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL

 

Refletindo sobre o conto que você leu, você deverá escrever uma história em que uma detetive investiga um assassinato, a fim de descobrir a identidade do criminoso. Em seu conto, você deverá revelar quem é o assassino. Importante: lembre-se de dar um título a seu texto e de escrevê-lo em terceira pessoa. Descreva como é seu personagem fisicamente. Determine sua altura, como são seus cabelos, seus olhos e seu corpo.

Descreva algumas características do espaço em que a história ocorrerá. Como é esse lugar? Como são as pessoas que ali vivem? Há animais nesse lugar? Como eles são? E quanto ao clima? Faça sua descrição de forma mais detalhada possível.

Descreva como é seu personagem psicologicamente, ou seja, determine se sua personalidade é calma ou agitada, se é altruísta ou egoísta, se alguém confiável ou não e demais características que julgar importantes.

Defina qual o passado de seu personagem. Você pode escrever onde ele nasceu, como é sua família, quais são as coisas de que mais gosta entre outras informações que considerar pertinentes.

 

Texto – O Impacto do Uso Excessivo de Telas

Nos últimos anos, o tempo que as pessoas passam em frente às telas aumentou significativamente. O uso excessivo de dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets e computadores, tem sido associado a diversos problemas de saúde, incluindo dificuldades para dormir, fadiga ocular e sedentarismo. Especialistas recomendam que o tempo de exposição seja equilibrado e que pausas regulares sejam feitas para reduzir os impactos negativos.


 

Questões SPAECE

1. Qual é o tema central do texto?
(A) A evolução dos dispositivos eletrônicos.
(B) Os benefícios do uso das telas na educação.
(C) Os impactos negativos do uso excessivo de telas.
(D) A importância da tecnologia na sociedade moderna.


2. O principal objetivo do texto é:
(A) Explicar como funcionam os dispositivos eletrônicos.
(B) Informar sobre os efeitos negativos do uso excessivo de telas.
(C) Convencer o leitor a parar de usar tecnologia.
(D) Contar uma história fictícia sobre telas e saúde.


3. No trecho: “Especialistas recomendam que o tempo de exposição seja equilibrado e que pausas regulares sejam feitas para reduzir os impactos negativos.”, o autor pretende:
(A) Fazer um alerta sobre os riscos do excesso de telas.
(B) Incentivar o aumento do uso de telas no dia a dia.
(C) Explicar como as telas funcionam.
(D) Defender o uso irrestrito da tecnologia.


4. O título do texto ajuda a identificar seu tema porque:
(A) Indica que o uso de telas pode ter consequências.
(B) Sugere que a tecnologia é essencial para a vida moderna.
(C) Mostra que os dispositivos eletrônicos são indispensáveis.
(D) Aponta a necessidade de mais telas no cotidiano.


5. Com base no texto, o autor sugere que o uso de telas:
(A) Deve ser evitado a qualquer custo.
(B) Não causa nenhum impacto na saúde.
(C) Deve ser moderado para evitar problemas.
(D) É essencial para a vida moderna e sem riscos.


6. Qual das opções melhor resume o tema do texto?
(A) O avanço da tecnologia e o surgimento de novas telas eletrônicas.
(B) A influência da tecnologia na comunicação global.
(C) Os efeitos negativos do uso excessivo de telas e a importância do equilíbrio.
(D) As vantagens do uso contínuo de dispositivos eletrônicos para o aprendizado.


7. Qual alternativa apresenta uma possível reformulação do título mantendo o tema do texto?
(A) “O Futuro da Tecnologia e das Telas”    (B) “Os Riscos do Uso Exagerado de Dispositivos Eletrônicos”
(C) “Como Escolher o Melhor Celular para o Dia a Dia”    (D) “Os Benefícios das Telas para o Aprendizado”

 

                                                Conto: O Grande Mistério -  Stanislaw Ponte Preta

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

  1. Qual acontecimento estranho chama a atenção dos moradores da casa em que se passa o conto?

É o cheiro insuportável que começa a vir da sala de visitas. Inicialmente, o cheiro é confundido com algo como camarão, mas, após o jantar, o problema persiste e o cheiro fica cada vez pior.

  1. Quais explicações aparecem para esse acontecimento ao longo do conto?

Inicialmente, pensa-se que o cheiro possa ser causado pelas sobras do suflê de camarão, mas depois, essa explicação é descartada. Então, surgem outras possibilidades, como a ideia de que alguém poderia ter jogado sua porção de camarão embaixo da mesa, mas nada é encontrado. A arrumadeira tenta limpar com mais zelo, mas o cheiro persiste. Até mesmo a ideia de encerar o assoalho é testada, sem sucesso. Por fim, a patroa decide usar perfumes franceses para mascarar o odor, mas isso não resolve. O mistério só é solucionado no final, quando Giselinha, a criança, revela que o cheiro vinha de uma jarra com algo que ela tinha feito.

  1. Qual a classe social da família que mora na casa? Justifique sua resposta.

A família é de classe alta. Isso pode ser percebido pela forma como os patrões se comportam (exigindo perfeição dos empregados, tratando-os com distanciamento) e pela presença de vários empregados (arrumadeira, copeira, chofer). Também é indicada pela utilização de perfumes franceses caros e a sala de visitas bem cuidada, que sugere uma casa de luxo e cuidado com a aparência social.

  1. De que formas tentaram resolver o problema?

Inicialmente, tentaram atribuir o cheiro a uma comida (o camarão) e depois investigaram se algo poderia ter sido jogado na sala. Quando isso não funcionou, tentaram uma limpeza mais intensa, com a arrumadeira se dedicando mais ao ambiente. Após o insucesso de limpar, a solução foi tentar encerar o assoalho. Quando também não deu certo, a patroa usou perfumes franceses para disfarçar o cheiro. A solução definitiva veio quando Giselinha, a criança, revelou que o cheiro vinha de uma jarra, e o mistério foi finalmente desvendado.

  1. Quem era o culpado pelo problema?

Era Giselinha, a criança da casa. Ela havia colocado algo na jarra, sem que os adultos soubessem, causando o odor estranho. Ao ser questionada, Giselinha confessou que tinha sido ela, mas com a inocência de uma criança, sem compreender as consequências de seu ato.

ANÁLISE DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO E DA FORMA COMPOSICIONAL DO GÊNERO:

  1. Quais são os personagens do conto?

Os personagens principais são:

      • Os patrões (os donos da casa)
      • A arrumadeira (responsável pela limpeza)
      • A copeira (funcionária da cozinha)
      • O chofer (motorista)
      • Giselinha (a criança)
      • O patrão (que lidera a crítica e a ação)
  1. Onde a história se passa?

A história se passa em uma casa de classe alta. O foco da narrativa é na sala de visitas, um ambiente de destaque dentro da residência. A casa é grande, bem cuidada, com empregados e um ambiente socialmente elevado.

  1. Existe um tempo determinado em que a história se passa? Se sim, como é possível saber qual é o tempo?

O tempo específico não é dado de forma clara, mas podemos inferir que a história se passa em um período contemporâneo à época de sua escrita (possivelmente nas décadas de 1960 a 1970), devido ao contexto social descrito, como o uso da Constituição pelo patrão e a presença de empregados e patrões, que indicam uma divisão social característica de sociedades mais hierárquicas.

  1. Todo conto de mistério, como o próprio nome diz, apresenta um mistério a ser solucionado. Qual é o mistério do conto lido?

O mistério é o cheiro insuportável que vem da sala de visitas e que ninguém consegue identificar ou eliminar, apesar das várias tentativas de limpeza e soluções propostas pelos moradores da casa.

  1. Antes da resolução desse mistério, o autor cria um clima de suspense na narrativa. Como isso foi feito no conto "O Grande Mistério"?

É criado por meio da incerteza e frustração contínuas. Cada tentativa de resolver o mistério falha, o que aumenta a tensão entre os personagens e mantém o leitor curioso sobre a origem do cheiro. O fato de a solução do mistério demorar a surgir, mesmo com várias tentativas e explicações alternativas, mantém o suspense até o momento da revelação final.

  1. Qual é o conflito do conto?
    • É o desespero e a frustração dos patrões e empregados para encontrar a origem do cheiro insuportável na sala de visitas. Esse conflito também tem um aspecto social, já que os patrões exigem um trabalho perfeito, enquanto os empregados, que tentam resolver o problema, estão constantemente sendo criticados.
  2. Qual é o clímax do conto?
    • Quando a patroa resolve despejar perfume francês na sala para tentar resolver o problema do cheiro. Esse ato representa o ápice do desespero dela, que, em sua busca desesperada pela solução, toma uma medida extrema e irreversível. O suspense atinge seu ponto mais alto nesse momento.
  3. Qual é o desfecho do conto?
    • Quando a verdadeira causa do cheiro é revelada. Giselinha, a criança da casa, admite que foi ela quem causou o problema ao colocar algo dentro de uma jarra, o que gerou o cheiro. Ela o fez sem intenção de causar um problema, o que torna a solução do mistério simples, mas também revela a ingenuidade da criança.

ATIVIDADE DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO

ATIVIDADE DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO 

Conto - O Grande Mistério  - Stanislaw Ponte Preta

Há dias já que buscavam uma explicação para os odores esquisitos que vinham da sala de visitas. Primeiro houve um erro de interpretação: o quase imperceptível cheiro foi tomado como sendo de camarão. No dia em que as pessoas da casa notaram que a sala fedia, havia um suflê de camarão para o jantar. Daí…

Mas comeu-se o camarão, que inclusive foi elogiado pelas visitas, jogaram as sobras na lata do lixo e — coisa estranha — no dia seguinte a sala cheirava pior.

Talvez alguém não gostasse de camarão e, por cerimônia, embora isso não se use, jogasse a sua porção debaixo da mesa. Ventilada a hipótese, os empregados espiaram e encontraram apenas um pedaço de pão e uma boneca de perna quebrada, que Giselinha esquecera ali. E como ambos os achados eram inodoros, o mistério persistiu.

Os patrões chamaram a arrumadeira às falas. Que era um absurdo, que não podia continuar, que isso, que aquilo. Tachada de desleixada, a arrumadeira caprichou na limpeza. Varreu tudo, espanou, esfregou e… nada. Vinte e quatro horas depois, a coisa continuava. Se modificação houvera, fora para um cheiro mais ativo.

À noite, quando o dono da casa chegou, passou uma espinafração geral e, vítima da leitura dos jornais, que folheara no caminho para casa, chegou até a citar a Constituição na defesa de seus interesses.

– Se eu pago empregadas para lavar, passar, limpar, cozinhar, arrumar e uma babá tenho o direito de exigir alguma coisa. Não pretendo que a sala de visitas seja um jasmineiro, mas feder também não. Ou sai o cheiro ou saem os empregados.

Reunida na cozinha, a criadagem confabulava. Os debates eram apaixonados, mas num ponto todos concordavam: ninguém tinha culpa. A sala estava um brinco; dava até gosto ver. Mas ver, somente, porque o cheiro era de morte.

Então alguém propôs encerar. Quem sabe uma passada de cera no assoalho não iria melhorar a situação?

– Isso mesmo — aprovou a maioria, satisfeita por ter encontrado uma fórmula capaz de combater o mal que ameaçava seu salário.

Pela manhã, ainda ninguém se levantara, e já a copeira e o chofer enceravam sofregamente, a quatro mãos. Quando os patrões desceram para o café, o assoalho brilhava. O cheiro da cera predominava, mas o misterioso odor, que há dias intrigava a todos, persistia, a uma respirada mais forte.

Apenas uma questão de tempo. Com o passar das horas, o cheiro da cera — como era normal — diminuía, enquanto o outro, o misterioso — estranhamente, aumentava.

Pouco a pouco reinaria novamente, para desespero geral de empregados e empregadores.

A patroa, enfim, contrariando os seus hábitos, tomou uma atitude: desceu do alto do seu grã-finismo com as armas de que dispunha, e com tal espírito de sacrifício que resolveu gastar os seus perfumes. Quando ela anunciou que derramaria perfume francês no tapete, a arrumadeira comentou com a copeira:

– Madame apelou para a ignorância.

E salpicada que foi, a sala recendeu. A sorte estava lançada. Madame esbanjou suas essências com uma altivez digna de uma rainha a caminho do cadafalso. Seria o prestígio e a experiência de Carven, Patou, Fath, Schiaparelli, Balenciaga, Piguet e outros menores, contra a ignóbil catinga.

Na hora do jantar a alegria era geral. Nas restavam dúvidas de que o cheiro enjoativo daquele coquetel de perfumes era impróprio para uma sala de visitas, mas ninguém poderia deixar de concordar que aquele era preferível ao outro, finalmente vencido.

Mas eis que o patrão, a horas mortas, acordou com sede. Levantou-se cauteloso, para não acordar ninguém, e desceu as escadas, rumo à geladeira. Ia ainda a meio caminho quando sentiu que o exército de perfumistas franceses fora derrotado. O barulho que fez daria para acordar um quarteirão, quanto mais os da casa, os pobres moradores daquela casa, despertados violentamente, e que não precisavam perguntar nada para perceberem o que se passava. Bastou respirar.

Hoje pela manhã, finalmente, após buscas desesperadas, uma das empregadas localizou o cheiro. Estava dentro de uma jarra, uma bela jarra, orgulho da família, pois tratava-se de peça raríssima, da dinastia Ming...

Apertada pelo interrogatório paterno Giselinha confessou-se culpada e, na inocência dos seus três anos, prometeu não fazer mais. Não fazer mais na jarra, é lógico.

 


Questões SPAECE

1. Qual é a tese central do conto?
(A) O excesso de perfumes pode piorar um problema de odor.
(B) O mistério do mau cheiro causa tensão entre patrões e empregados.
(C) O suflê de camarão foi a principal causa do mau cheiro na sala.
(D) A culpa pelo cheiro ruim foi dos empregados da casa.


2. Qual estratégia a patroa utilizou para tentar resolver o problema do cheiro?
(A) Jogou a jarra fora.
(B) Contratou novos empregados.
(C) Passou perfumes franceses no tapete.
(D) Lavou a sala com produtos de limpeza.


3. No trecho: “Madame apelou para a ignorância.”, o que a empregada quis dizer com essa frase?
(A) A patroa não sabia o que estava fazendo.
(B) A patroa tomou uma atitude extrema e ineficaz.
(C) A patroa pediu ajuda aos empregados.
(D) A patroa não percebeu o problema do cheiro.


4. O trecho "Na hora do jantar a alegria era geral" indica que os personagens estavam felizes porque:
(A) Resolveram definitivamente o problema do mau cheiro.
(B) Conseguiram mascarar temporariamente o odor.
(C) Descobriram que a jarra era a fonte do cheiro.
(D) Giselinha confessou sua culpa.


5. Qual foi a verdadeira causa do mau cheiro na sala?
(A) Um pedaço de pão mofado.
(B) Um suflê de camarão estragado.
(C) Um objeto esquecido dentro da jarra.
(D) A cera aplicada no assoalho.


6. No trecho: “Mas eis que o patrão, a horas mortas, acordou com sede.”, a expressão "a horas mortas" significa:
(A) Durante a madrugada.
(B) No final da tarde.
(C) No começo da manhã.
(D) No horário do jantar.


7. Sobre a estrutura do texto, podemos afirmar que:
(A) É um texto narrativo, pois apresenta personagens, enredo e desfecho.
(B) É um texto expositivo, pois traz informações sobre perfumes franceses.
(C) É um texto descritivo, pois detalha minuciosamente os acontecimentos.
(D) É um texto injuntivo, pois orienta sobre como evitar maus odores.


8. Qual efeito de sentido é gerado com a frase: “Seria o prestígio e a experiência de Carven, Patou, Fath, Schiaparelli, Balenciaga, Piguet e outros menores, contra a ignóbil catinga.”
(A) O humor, ao exagerar a importância dos perfumes na batalha contra o mau cheiro.
(B) O suspense, ao criar um clima de mistério em relação à origem do cheiro.
(C) A ironia, ao comparar perfumes sofisticados com um cheiro desagradável.
(D) A formalidade, ao citar marcas famosas de perfumes.


9. A postura do patrão em relação ao problema do mau cheiro pode ser descrita como:
(A) Paciência e compreensão com os empregados.
(B) Indiferença e falta de preocupação com o odor.
(C) Irritação e cobrança exagerada sobre os empregados.
(D) Medo e insegurança diante da situação.


10. No trecho: “Se modificação houvera, fora para um cheiro mais ativo.”, o que significa "cheiro mais ativo"?
(A) Um cheiro mais forte e desagradável.
(B) Um cheiro agradável e duradouro.
(C) Um cheiro fraco e quase imperceptível.
(D) Um cheiro parecido com o de perfumes caros


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ATIVIDADE AVALIATIVA – Responda no caderno

 

 INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

1. Qual acontecimento estranho chama a atenção dos moradores da casa em se passa o conto?

2. Quais explicações aparecem para esse acontecimento ao longo do conto?

3. Qual a classe social da família que mora na casa? Justifique sua resposta

4. De que formas tentaram resolver o problema?

5. Quem era o culpado pelo problema?

 

ANÁLISE DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO E DA FORMA COMPOSICIONAL DO GÊNERO

1. Quais são os personagens do conto?

2. Onde a história se passa?

3. Existe um tempo determinado em que a história se passa? Se sim, como é possível saber qual é o tempo?

4. Todo conto de mistério, como o próprio nome diz, apresenta um mistério a ser solucionado. Qual é o mistério do conto lido?

5. Antes da resolução desse mistério, o autor cria um clima de suspense na narrativa. Como isso foi feito no conto O Grande Mistério?

6. Qual é o conflito do conto?

7. Qual é o clímax do conto?

8. Qual é o desfecho do conto?

 

PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL

 

Refletindo sobre o conto que você leu, você deverá escrever uma história em que uma detetive investiga um assassinato, a fim de descobrir a identidade do criminoso. Em seu conto, você deverá revelar quem é o assassino. Importante: lembre-se de dar um título a seu texto e de escrevê-lo em terceira pessoa. Descreva como é seu personagem fisicamente. Determine sua altura, como são seus cabelos, seus olhos e seu corpo.

Descreva algumas características do espaço em que a história ocorrerá. Como é esse lugar? Como são as pessoas que ali vivem? Há animais nesse lugar? Como eles são? E quanto ao clima? Faça sua descrição de forma mais detalhada possível.

Descreva como é seu personagem psicologicamente, ou seja, determine se sua personalidade é calma ou agitada, se é altruísta ou egoísta, se alguém confiável ou não e demais características que julgar importantes.

Defina qual o passado de seu personagem. Você pode escrever onde ele nasceu, como é sua família, quais são as coisas de que mais gosta entre outras informações que considerar pertinentes.

 

  

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

ATIVIDADE COMPLEMENTAR – TESE

 

ATIVIDADE COMPLEMENTAR –  PORTUGUÊS I

Atividade: Identificando e Analisando Teses em Textos Argumentativos

Texto: O Uso de Celulares na Escola – Proibir ou Permitir?

Nos últimos anos, o uso de celulares nas escolas tem sido um tema de debate entre educadores, pais e alunos. Alguns defendem que os dispositivos são ferramentas valiosas para o aprendizado, permitindo acesso rápido à informação e facilitando pesquisas e atividades interativas. Outros, no entanto, argumentam que os celulares são uma fonte de distração e podem prejudicar a concentração dos estudantes, além de favorecer o uso indevido, como o cyberbullying.

Diante dessa discussão, muitas escolas adotaram regras para equilibrar os benefícios e os desafios do uso da tecnologia em sala de aula. Algumas instituições permitem o uso dos celulares apenas em momentos específicos, sob supervisão dos professores. Outras, por outro lado, optaram por banir totalmente o uso dos dispositivos durante o horário escolar.

Independentemente da decisão, é essencial que haja um diálogo entre escolas, famílias e alunos para estabelecer normas que beneficiem o aprendizado e garantam um ambiente saudável para todos.


Questões de Interpretação e Análise da Tese:

1. (Identificação da Tese)   Qual é a tese principal do texto?
a) Os celulares devem ser proibidos em todas as escolas.
b) O uso de celulares na escola pode ter vantagens e desafios, sendo necessário um equilíbrio.
c) Apenas os professores devem decidir sobre o uso dos celulares.
d) O cyberbullying é o maior problema enfrentado pelas escolas atualmente.

2. (Compreensão do Argumento) Qual dos argumentos abaixo é usado no texto para apoiar a tese?
a) Os celulares são fundamentais para que os alunos façam amigos.
b) As escolas não devem se preocupar com o uso da tecnologia.
c) O uso do celular pode ajudar na pesquisa, mas também pode causar distração.
d) O uso de celulares deveria ser obrigatório em todas as disciplinas.

3. (Diferenciando fato de opinião) No trecho: "Alguns defendem que os dispositivos são ferramentas valiosas para o aprendizado, permitindo acesso rápido à informação e facilitando pesquisas e atividades interativas."
Esse trecho apresenta:
a) Um fato comprovado.                    b) Uma opinião com base em um argumento.
c) Um dado estatístico.                      d) Um acontecimento histórico.

4. (Estratégia Argumentativa) Qual das alternativas abaixo representa uma estratégia usada pelo autor do texto?
a) Uso de dados e estatísticas sobre o uso do celular.
b) Apresentação dos dois lados da discussão antes de sugerir uma solução.
c) Relato de experiência pessoal sobre o uso do celular na escola.
d) Citação de especialistas na área da educação.

5.(Relação causa e consequência) Segundo o texto, qual pode ser uma consequência negativa do uso excessivo do celular em sala de aula?
a) Melhora no desempenho acadêmico.                b) Maior interação entre os alunos.
c) Falta de concentração e distração.                     d) Desenvolvimento de novas habilidades tecnológicas.

6. (Comparação de pontos de vista) No texto, são apresentados diferentes pontos de vista sobre o uso de celulares na escola. Qual das afirmações abaixo melhor representa a opinião dos que são contra o uso?
a) O celular pode ser uma ferramenta útil para o aprendizado.
b) Os alunos devem ter total liberdade para usar seus celulares na escola.
c) O uso de celulares pode atrapalhar a concentração e favorecer o cyberbullying.
d) O celular deve substituir os livros didáticos completamente.

7. (Inferência) Com base no texto, qual é a provável opinião do autor sobre a proibição total do uso de celulares na escola?
a) O autor é completamente a favor da proibição total.
b) O autor acredita que a proibição total não é a melhor solução, mas sim o equilíbrio.
c) O autor defende que os alunos devem usar os celulares sem qualquer restrição.
d) O autor não expressa nenhuma opinião sobre o tema.

8. (Propósito do Texto) O texto tem como principal objetivo:
a) Ensinar os alunos a utilizarem melhor seus celulares.
b) Informar e discutir diferentes perspectivas sobre o uso de celulares na escola.
c) Convencer os leitores de que os celulares devem ser proibidos.
d) Explicar a história dos celulares na educação.

9. (Vocabulário em Contexto) No trecho "Independentemente da decisão, é essencial que haja um diálogo entre escolas, famílias e alunos para estabelecer normas que beneficiem o aprendizado e garantam um ambiente saudável para todos.", o termo "essencial" significa:
a) Desnecessário   b) Muito importante   c) Dúbio d) Pouco relevante

10. (Reflexão Crítica) Você acha que o uso do celular em sala de aula deveria ser proibido, permitido sem restrições ou regulamentado? Justifique sua resposta com pelo menos um argumento.


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