ATIVIDADE
COMPLEMENTAR N°02 - 6° e 7° ano
Leia
o texto abaixo e responda às questões NO CADERNO.
Famílias
trocaram a cidade pelo campo para ter uma vida simples
Trocar
o campo pela cidade à procura de uma vida melhor sempre foi a opção mais comum.
Porém, algumas famílias, cansadas do caos urbano, estão fazendo o caminho
inverso, deixando os grandes centros para viver literalmente no meio do mato.
São
pessoas que cursaram faculdade, desfrutavam de um certo conforto na cidade, mas
não aguentavam mais a correria, falta de liberdade, o trânsito e o excesso de
consumo. Em busca de uma vida mais simples e saudável, elas não têm medo de
encarar a enxada e descobrir um novo modo de sobreviver.
Para
a mineira Manuella Melo Franco, 34, a chegada do primeiro filho foi o empurrão
que faltava para deixar a cidade e, finalmente, experimentar uma vida mais
tranquila e autossustentável, ao lado do companheiro Hugo Ruax. “O nascimento
do Tomé reforçou esse nosso desejo. Queríamos oferecer a ele uma infância mais
próxima da natureza, longe dos valores consumistas e da loucura da cidade”, diz
a fotógrafa e jornalista.
O
catarinense Marinaldo Pegoraro, 54, também não demorou muito para deixar o
apartamento em Curitiba (PR), onde residiu nos últimos 11 anos, para ir viver
com a mulher e as duas filhas adolescentes no Sítio Serra Dourada em Delfim
Moreira, no extremo sul de Minas Gerais.
“Existe
um esgotamento desse modelo de vida urbano”, diz Marinaldo Pegoraro, sem sentir
falta dos shoppings e feliz de poder trabalhar na terra e ouvir o canto dos
pássaros.
Fonte: UOL Estilo – Vida Simples. Disponível em: https://estilo.uol.com.br
1. Qual é o tema
central do texto?
2. Segundo o texto,
por que algumas famílias estão deixando a cidade para viver no campo?
3. Quem é Manuella
Melo Franco e qual foi sua motivação para mudar-se para o campo?
4. Qual foi o papel
do nascimento do filho de Manuella na decisão de mudar de vida?
5. Onde Marinaldo
Pegoraro residia antes de se mudar para o campo e com quem ele foi viver no
sítio?
6. Segundo Marinaldo,
qual é o sentimento que ele tem em relação ao modelo de vida urbano?
7. O que significa a
expressão “encarar a enxada” no contexto do texto?
8. Identifique no
texto uma frase que indique a busca por uma vida mais saudável.
9. Explique o que o
autor quis dizer com “deixar os grandes centros para viver literalmente no meio
do mato”.
10. Qual é a profissão
de Manuella Melo Franco?
11. De acordo com o
texto, quais são algumas das razões pelas quais as pessoas estão cansadas da
vida urbana?
12. O que Marinaldo
afirma não sentir falta após mudar-se para o campo?
13. Qual é a idade de
Marinaldo Pegoraro mencionada no texto?
14. O que significa a
expressão “esgotamento desse modelo de vida urbano” utilizada por Marinaldo?
15. Você concorda com
a decisão dessas famílias de trocar a cidade pelo campo? Justifique sua
resposta com base no texto e em sua opinião pessoal.
Leia o texto e responda às questões. Sonhos dos Ratos - Rubem
Alves
Era uma vez um bando de
ratos que vivia no buraco do assoalho de uma casa velha. Havia ratos de todos
os tipos: grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e
fracos, da roça e da cidade. Mas ninguém ligava para
as diferenças, porque todos estavam irmanados em torno de um sonho comum: um
queijo enorme, amarelo, cheiroso, bem pertinho dos seus narizes. Comer o queijo
seria a suprema felicidade… Bem pertinho é modo de dizer.
Na verdade, o queijo
estava imensamente longe porque entre ele e os ratos estava um gato… O gato era
malvado, tinha dentes afiados e não dormia nunca. Por vezes fingia dormir. Mas
bastava que um ratinho mais corajoso se aventurasse para fora do buraco para
que o gato desse um pulo e, era uma vez um ratinho… Os ratos odiavam o gato.
Quanto mais o odiavam
mais irmãos se sentiam. O ódio a um inimigo comum os tornava cúmplices de um
mesmo desejo: queriam que o gato morresse ou sonhavam com um cachorro…Como nada
pudessem fazer, reuniram-se para conversar. Aquilo poderia ser um truque do
gato. Mas não era. O gato havia desaparecido mesmo. Chegara o dia glorioso, e
dos ratos surgiu um brado retumbante de alegria. Todos se lançaram ao queijo,
irmanados numa fome comum. E foi então que a transformação aconteceu.
Bastou a primeira
mordida. Compreenderam, repentinamente, que os queijos de verdade são
diferentes dos queijos sonhados. Quando comidos, em vez de crescer, diminuem.
Assim, quanto maior o número dos ratos a comer o queijo, menor o
naco para cada um. Os ratos começaram a olhar uns para os outros como se fossem
inimigos. Olharam cada um para a boca dos outros, para ver quanto queijo haviam
comido. E os olhares se enfureceram.
Arreganharam os dentes.
Esqueceram-se do gato. Eram seus próprios inimigos. A briga começou. Os mais
fortes expulsaram os mais fracos a dentadas. E, ato contínuo, começaram a
brigar entre si. Alguns ameaçaram a
chamar o gato, alegando que só assim se restabeleceria a ordem. O projeto de
socialização do queijo foi aprovado nos seguintes termos:
“Qualquer pedaço de
queijo poderá ser tomado dos seus proprietários para ser dado aos ratos magros,
desde que este pedaço tenha sido abandonado pelo dono”.
Mas como rato algum jamais abandonou um queijo, os ratos magros
foram condenados a ficar esperando. Os ratinhos magros, de dentro do buraco
escuro, não podiam compreender o que havia acontecido.
O mais inexplicável era
a transformação que se operara no focinho dos ratos fortes, agora donos do
queijo. Tinham todo o jeito do gato o olhar malvado, os dentes à mostra.
Os ratos magros nem mais conseguiam perceber a diferença entre o
gato de antes e os ratos de agora. E compreenderam, então, que não havia
diferença alguma. Pois todo rato que fica dono do queijo vira gato. Não é por
acidente que os nomes são tão parecidos.
“Qualquer semelhança com fatos reais é mera
coincidência!” Fonte: Educação
e Transformação
1. Qual era o sonho comum dos ratos?
2. O que impedia os ratos de alcançar o queijo?
a) A distância. b)
A presença de um gato. c)
A falta de coragem. d)
A presença de humanos.
3. Como os ratos se sentiam em relação ao
gato?
4. O que aconteceu quando o gato desapareceu?
5. Explique a frase: “Quando comidos, em vez
de crescer, diminuem.”
6. O que simboliza o queijo na história?
7. Por que os ratos começaram a brigar entre
si após o desaparecimento do gato?
8. O que significa a transformação dos ratos
fortes em “gatos”?
9. Qual é a crítica social presente no texto?
10. A frase “todo rato que fica dono do queijo
vira gato” sugere que:
a) Ratos e gatos são iguais. b) O poder corrompe. c) Gatos são superiores. d) Ratos gostam de
queijo.
11. O que significa “irmanados” no contexto do
texto?
12. Explique a expressão “brado retumbante de
alegria”.
14. Você acredita que a história dos ratos
pode ser comparada à sociedade humana? Justifique sua resposta.
15. Na sua opinião, o que o autor quis transmitir
com essa fábula?
GABARITO:
Famílias trocaram a cidade pelo campo para ter uma vida simples
1. O tema central do texto é a decisão de
algumas famílias em deixar a vida urbana e mudar-se para o campo, buscando uma
vida mais simples, saudável e próxima da natureza.
2. Porque estão cansadas do caos urbano, da
correria, da falta de liberdade, do trânsito e do consumo excessivo. Desejam
uma vida mais tranquila e saudável.
3. Manuella é mineira, fotógrafa e jornalista.
Ela decidiu mudar-se para o campo com o companheiro após o nascimento do
primeiro filho.
4. O nascimento do filho Tomé foi o fator
decisivo para a mudança, pois o casal queria oferecer a ele uma infância
próxima da natureza, longe dos valores consumistas.
5. Marinaldo vivia em um apartamento em
Curitiba (PR) e foi morar no campo com a esposa e as duas filhas adolescentes.
6. Ele afirma que há um “esgotamento desse
modelo de vida urbano” e demonstra satisfação com a vida no campo, sem sentir
falta dos shoppings.
7. Significa estar disposto a trabalhar na
terra, cultivar alimentos, viver de forma mais rústica e prática, com o esforço
físico exigido pelo campo.
8. “Em busca de uma vida mais simples e
saudável, elas não têm medo de encarar a enxada…”
9. O autor quer dizer que essas famílias
abandonaram a vida urbana por completo e passaram a viver em áreas rurais
isoladas, com contato direto com a natureza.
10. Manuella é fotógrafa e jornalista.
11. Correria, falta de liberdade, trânsito
intenso e o excesso de consumo.
12. Marinaldo afirma não sentir falta dos
shoppings.
13. Ele tem 54 anos.
14. Significa que muitas pessoas estão exaustas
e insatisfeitas com a rotina estressante das cidades, o que está levando à
busca por alternativas no campo.
15. (Resposta pessoal e aberta, espera-se que o
aluno justifique com base nas ideias do texto, por exemplo: sim, porque a
natureza oferece mais qualidade de vida; ou não, porque a cidade tem mais
oportunidades. O importante é haver coerência e argumentação.)
Gabarito:
Sonhos dos Ratos - Rubem
Alves
1. Comer um queijo enorme, amarelo e cheiroso.
2. b) A presença de um gato.
3. Odiavam o gato e desejavam que ele morresse
ou sonhavam com um cachorro que os protegesse.
4. Os ratos se alegraram e correram para o
queijo, mas começaram a brigar entre si por causa dele.
5. Significa que os queijos reais, ao serem
consumidos, acabam, ao contrário dos sonhos, que podem crescer na imaginação.
6. Representa os sonhos, desejos ou riquezas
que todos almejam.
7. Porque perceberam que o queijo era limitado
e começaram a disputá-lo, esquecendo a união que tinham antes.
8. Que ao adquirirem poder e riqueza,
tornaram-se opressores como o antigo inimigo.
9. O texto critica como o poder e a riqueza
podem corromper e transformar os oprimidos em opressores.
10. b) O poder corrompe.
11. Unidos como irmãos, com um objetivo comum.
12. Um grito forte e sonoro de felicidade.
13. Resposta pessoal do aluno.
14. Que o poder e a riqueza podem mudar as pessoas,
fazendo com que se tornem aquilo que antes combatiam.
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