segunda-feira, 2 de junho de 2025

PORTUGUÊS - 6° e 7° ano

 

ATIVIDADE COMPLEMENTAR N°02    - 6° e 7° ano

Leia o texto abaixo e responda às questões NO CADERNO.

Famílias trocaram a cidade pelo campo para ter uma vida simples

Trocar o campo pela cidade à procura de uma vida melhor sempre foi a opção mais comum. Porém, algumas famílias, cansadas do caos urbano, estão fazendo o caminho inverso, deixando os grandes centros para viver literalmente no meio do mato.

São pessoas que cursaram faculdade, desfrutavam de um certo conforto na cidade, mas não aguentavam mais a correria, falta de liberdade, o trânsito e o excesso de consumo. Em busca de uma vida mais simples e saudável, elas não têm medo de encarar a enxada e descobrir um novo modo de sobreviver.

Para a mineira Manuella Melo Franco, 34, a chegada do primeiro filho foi o empurrão que faltava para deixar a cidade e, finalmente, experimentar uma vida mais tranquila e autossustentável, ao lado do companheiro Hugo Ruax. “O nascimento do Tomé reforçou esse nosso desejo. Queríamos oferecer a ele uma infância mais próxima da natureza, longe dos valores consumistas e da loucura da cidade”, diz a fotógrafa e jornalista.

O catarinense Marinaldo Pegoraro, 54, também não demorou muito para deixar o apartamento em Curitiba (PR), onde residiu nos últimos 11 anos, para ir viver com a mulher e as duas filhas adolescentes no Sítio Serra Dourada em Delfim Moreira, no extremo sul de Minas Gerais.

“Existe um esgotamento desse modelo de vida urbano”, diz Marinaldo Pegoraro, sem sentir falta dos shoppings e feliz de poder trabalhar na terra e ouvir o canto dos pássaros.                            Fonte: UOL Estilo – Vida Simples. Disponível em: https://estilo.uol.com.br

1. Qual é o tema central do texto?

2. Segundo o texto, por que algumas famílias estão deixando a cidade para viver no campo?

3. Quem é Manuella Melo Franco e qual foi sua motivação para mudar-se para o campo?

4. Qual foi o papel do nascimento do filho de Manuella na decisão de mudar de vida?

5. Onde Marinaldo Pegoraro residia antes de se mudar para o campo e com quem ele foi viver no sítio?

6. Segundo Marinaldo, qual é o sentimento que ele tem em relação ao modelo de vida urbano?

7. O que significa a expressão “encarar a enxada” no contexto do texto?

8. Identifique no texto uma frase que indique a busca por uma vida mais saudável.

9. Explique o que o autor quis dizer com “deixar os grandes centros para viver literalmente no meio do mato”.

10. Qual é a profissão de Manuella Melo Franco?

11. De acordo com o texto, quais são algumas das razões pelas quais as pessoas estão cansadas da vida urbana?

12. O que Marinaldo afirma não sentir falta após mudar-se para o campo?

13. Qual é a idade de Marinaldo Pegoraro mencionada no texto?

14. O que significa a expressão “esgotamento desse modelo de vida urbano” utilizada por Marinaldo?

15. Você concorda com a decisão dessas famílias de trocar a cidade pelo campo? Justifique sua resposta com base no texto e em sua opinião pessoal.

 

Leia o texto e responda às questões.           Sonhos dos Ratos     -   Rubem Alves

 

Era uma vez um bando de ratos que vivia no buraco do assoalho de uma casa velha. Havia ratos de todos os tipos: grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, da roça e da cidade. Mas ninguém ligava para as diferenças, porque todos estavam irmanados em torno de um sonho comum: um queijo enorme, amarelo, cheiroso, bem pertinho dos seus narizes. Comer o queijo seria a suprema felicidade… Bem pertinho é modo de dizer.

Na verdade, o queijo estava imensamente longe porque entre ele e os ratos estava um gato… O gato era malvado, tinha dentes afiados e não dormia nunca. Por vezes fingia dormir. Mas bastava que um ratinho mais corajoso se aventurasse para fora do buraco para que o gato desse um pulo e, era uma vez um ratinho… Os ratos odiavam o gato.

Quanto mais o odiavam mais irmãos se sentiam. O ódio a um inimigo comum os tornava cúmplices de um mesmo desejo: queriam que o gato morresse ou sonhavam com um cachorro…Como nada pudessem fazer, reuniram-se para conversar. Aquilo poderia ser um truque do gato. Mas não era. O gato havia desaparecido mesmo. Chegara o dia glorioso, e dos ratos surgiu um brado retumbante de alegria. Todos se lançaram ao queijo, irmanados numa fome comum. E foi então que a transformação aconteceu.

Bastou a primeira mordida. Compreenderam, repentinamente, que os queijos de verdade são diferentes dos queijos sonhados. Quando comidos, em vez de crescer, diminuem. Assim, quanto maior o número dos ratos a comer o queijo, menor o naco para cada um. Os ratos começaram a olhar uns para os outros como se fossem inimigos. Olharam cada um para a boca dos outros, para ver quanto queijo haviam comido. E os olhares se enfureceram.

Arreganharam os dentes. Esqueceram-se do gato. Eram seus próprios inimigos. A briga começou. Os mais fortes expulsaram os mais fracos a dentadas. E, ato contínuo, começaram a brigar entre si. Alguns ameaçaram a chamar o gato, alegando que só assim se restabeleceria a ordem. O projeto de socialização do queijo foi aprovado nos seguintes termos:

“Qualquer pedaço de queijo poderá ser tomado dos seus proprietários para ser dado aos ratos magros, desde que este pedaço tenha sido abandonado pelo dono”. Mas como rato algum jamais abandonou um queijo, os ratos magros foram condenados a ficar esperando. Os ratinhos magros, de dentro do buraco escuro, não podiam compreender o que havia acontecido.

O mais inexplicável era a transformação que se operara no focinho dos ratos fortes, agora donos do queijo. Tinham todo o jeito do gato o olhar malvado, os dentes à mostra. Os ratos magros nem mais conseguiam perceber a diferença entre o gato de antes e os ratos de agora. E compreenderam, então, que não havia diferença alguma. Pois todo rato que fica dono do queijo vira gato. Não é por acidente que os nomes são tão parecidos.

“Qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência!”      Fonte: Educação e Transformação

 

1. Qual era o sonho comum dos ratos?

 

2. O que impedia os ratos de alcançar o queijo?
a) A distância.    b) A presença de um gato.     c) A falta de coragem.    d) A presença de humanos.

 

3. Como os ratos se sentiam em relação ao gato?

4. O que aconteceu quando o gato desapareceu?
5. Explique a frase: “Quando comidos, em vez de crescer, diminuem.”

6. O que simboliza o queijo na história?

7. Por que os ratos começaram a brigar entre si após o desaparecimento do gato?

8. O que significa a transformação dos ratos fortes em “gatos”?

9. Qual é a crítica social presente no texto?

10. A frase “todo rato que fica dono do queijo vira gato” sugere que:

a) Ratos e gatos são iguais.    b) O poder corrompe.   c) Gatos são superiores.    d) Ratos gostam de queijo.

11. O que significa “irmanados” no contexto do texto?

12. Explique a expressão “brado retumbante de alegria”.

14. Você acredita que a história dos ratos pode ser comparada à sociedade humana? Justifique sua resposta.

15. Na sua opinião, o que o autor quis transmitir com essa fábula?

 

 

GABARITO: Famílias trocaram a cidade pelo campo para ter uma vida simples

 

1. O tema central do texto é a decisão de algumas famílias em deixar a vida urbana e mudar-se para o campo, buscando uma vida mais simples, saudável e próxima da natureza.

2. Porque estão cansadas do caos urbano, da correria, da falta de liberdade, do trânsito e do consumo excessivo. Desejam uma vida mais tranquila e saudável.

3. Manuella é mineira, fotógrafa e jornalista. Ela decidiu mudar-se para o campo com o companheiro após o nascimento do primeiro filho.

4. O nascimento do filho Tomé foi o fator decisivo para a mudança, pois o casal queria oferecer a ele uma infância próxima da natureza, longe dos valores consumistas.

5. Marinaldo vivia em um apartamento em Curitiba (PR) e foi morar no campo com a esposa e as duas filhas adolescentes.

6. Ele afirma que há um “esgotamento desse modelo de vida urbano” e demonstra satisfação com a vida no campo, sem sentir falta dos shoppings.

7. Significa estar disposto a trabalhar na terra, cultivar alimentos, viver de forma mais rústica e prática, com o esforço físico exigido pelo campo.

8. “Em busca de uma vida mais simples e saudável, elas não têm medo de encarar a enxada…”

9. O autor quer dizer que essas famílias abandonaram a vida urbana por completo e passaram a viver em áreas rurais isoladas, com contato direto com a natureza.

10. Manuella é fotógrafa e jornalista.

11. Correria, falta de liberdade, trânsito intenso e o excesso de consumo.

12. Marinaldo afirma não sentir falta dos shoppings.

13. Ele tem 54 anos.

14. Significa que muitas pessoas estão exaustas e insatisfeitas com a rotina estressante das cidades, o que está levando à busca por alternativas no campo.

15. (Resposta pessoal e aberta, espera-se que o aluno justifique com base nas ideias do texto, por exemplo: sim, porque a natureza oferece mais qualidade de vida; ou não, porque a cidade tem mais oportunidades. O importante é haver coerência e argumentação.)

 

Gabarito: Sonhos dos Ratos     -   Rubem Alves

1. Comer um queijo enorme, amarelo e cheiroso.

2. b) A presença de um gato.

3. Odiavam o gato e desejavam que ele morresse ou sonhavam com um cachorro que os protegesse.

4. Os ratos se alegraram e correram para o queijo, mas começaram a brigar entre si por causa dele.

5. Significa que os queijos reais, ao serem consumidos, acabam, ao contrário dos sonhos, que podem crescer na imaginação.

6. Representa os sonhos, desejos ou riquezas que todos almejam.

7. Porque perceberam que o queijo era limitado e começaram a disputá-lo, esquecendo a união que tinham antes.

8. Que ao adquirirem poder e riqueza, tornaram-se opressores como o antigo inimigo.

9. O texto critica como o poder e a riqueza podem corromper e transformar os oprimidos em opressores.

10. b) O poder corrompe.

11. Unidos como irmãos, com um objetivo comum.

12. Um grito forte e sonoro de felicidade.

13. Resposta pessoal do aluno.

14. Que o poder e a riqueza podem mudar as pessoas, fazendo com que se tornem aquilo que antes combatiam.

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ATIVIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO

Folclore Brasileiro

  Atividade de Arte Tema: Personagens do Folclore Brasileiro                                                 Texto de Apoio: A Forç...